Parangolés invadem a dança na Galeria Olido

A Cia. Teatro e Dança Mariana Muniz apresenta na Galeria Olido um espetáculo de dança que incorpora os Parangolés de Hélio Oiticica - artista plástico que revolucionou a estética dos anos 60 com a idéia do corpo como a criadora das expressões que constroem a arte.

Mariana Muniz, bailarina e diretora da companhia, ressalta que os parangolés ganham vida em contato com o corpo, completando,dessa forma, a obra de arte.


A relação das roupas e dos objetos usados em cena simbolizam que o corpo é a arte e não mais o palco, e que não há mais separação público-ator, eles se integram.

O evento acontece do dia 26 ao dia 29 de Junho, de quinta a sábado às 20h e aos domingos às 19h. A entrada é franca.

Fiz uma pesquisa sobre o assunto e curti muito não só a idéia de que o palco não é mais o local da arte, mas sim o ator que transmite sua aura, seu valor artístico pelas expressões.

Encontrei um vídeo de uma escola que colocou o parangolé como atividade a alunos de primeira série do Colégio Jardim Anchieta, lá em Floripa. A professora Bruna Dal Pont Zanatta mandou muito bem, fugindo do ensino tradicional da educação artística colocando seus pequenos alunos não numa sala de aula, mas em ambiente aberto, livre de controle aonde puderam fazer sua arte se divertindo.

Outro vídeo legal é do parangolé lá em Belém, mais uma vez alunos mostrando que não há lugar para a arte, todo lugar é ambiente para mostrar esse mix de cores, sons e sensações que interagem com tudo e todos.

Para saber mais sobre as obras de Oiticica, Jardel Dias Cavalcanti escreveu um artigo muito rico em estudos da anti-arte de Hélio e da forma de ruptura com a arte tradicional.

Até a próxima pessoal.