Fan-Jovem: Parada Gay

Parada Gay

sábado, 24 de maio de 2008


Da militância

Um evento que temos todos os anos em São Paulo e também em várias partes do mundo é a parada gay, com a sua “alegria” contagiante todos os participantes desfilam em blocos altamente empenhados em pregar o tema da parada, será verdade?

Os gays não admitem a imagem caricata que a mídia transmite deles: “é pejorativo, inverossímil, e exacerbadamente contraditório”, é o que os gays brasileiros dizem à respeito de seu semblante, porém, não é isso que a grande parte da população gay não faz: A grande maioria das pessoas que vão atrás dos trios elétricos não sabem o tema da parada, que por acaso esse ano é sobre um Estado laico, experimente perguntar o que é laico, terá várias respostas tangenciais.

E a militância gay? Pelo menos a temos ainda, não? Conclua você mesmo pelos trios elétricos da parada:

1º Oficial
2º M Tur
3º CADS
4º CONLUTAS
5º PE DST/Aids
6º Mais diferenças
7º SINTRATEL
8º Rede Um Outro Olhar
9º Militância
10º APEOESP
11º CUT
12º SEESP - Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo
13º Visibilidade Lésbica
14º Bar Odara
15º Fuxico
16 ºABCDS
17º Grupo Arco Iris RJ
18º Troca Troca.com
19º Disponivel.com
20º Salete Campari
21º Manhunt
22º DST/Aids

Mas nem tudo é bacanal, temos sim pessoas que lutam não só contra homofobia cordial, como também o preconceito cordial em geral, e todas as suas formas de manifestação, como por exemplo, a não divulgada “mordaça gay” (como se gays fossem super cidadãos). Existem também militâncias realmente efetivas não só dentro da parada como em sites pouco divulgados: temos o exemplo dos blocos 4º, 5º, 6º, 9º e sites como www.athosgls.com.br (onde a prioridade não é conhecer um ficante de final de semana ou derivados). A mídia também está mudando o foco “caricato” dos gays, já que em novelas casais gays são mostrados com uma relação estável. E relações estáveis com adoção também são mostradas na vida real em noticiários. Será que as pessoas se espelharão neste novo semblante? Não se sabe, mas enquanto a maioria dos gays brasileiros fizer jus a sua “casca” imposta, é uma possibilidade remota!

Um comentário:

Anônimo disse...

Gostei da abordagem.
Fico feliz que alguém tenha coragem de expirmir pensamentos críticos sobre o atual cenário homosseuxal. Hoje, muita gente não abre a boca ou não deixa os outros abrirem porque tudo é qualificado erroneamente como homofobia. Este texto é claramente crítico sem ser "homofóbico"; muito bom.