Fan-Jovem: Fãs, personagens e a Mídia - Parte 1

Fãs, personagens e a Mídia - Parte 1

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Olá Amigo Internauta!

 

Como primeira participação deste "jovem" jornalista de 29 anos, neste Blog divulgo dois posts originais do meu outro blog, o Superjornalista, que falam de uma reflexão interessante sobre os fãs de quadrinhos, video-games, computadores e afins.

 

No ano passado escrevi com um colega, Pedro Henrique Caraseni, o livro-reportagem Legends - Identidades Secretas, que fala sobre a relação entre fãs e seus personagens favoritos.

 

No livro, que serviu como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do meu bacharelado em jornalismo, são mostradas histórias de pessoas que se espelham em algum personagem e chegam a se caracterizar como tais em eventos de fãs.

 

Em Legends, pesquisamos a influência dos personagens na personalidade e comportamentos dos fãs e como ocorre a identificação do admirador com seu personagem preferido.

 

Para embasarmos nosso projeto conversamos com psicólogos e comunicólogos, no caso o Professor Doutor Waldomiro Vergueiro, Coordenador do Núcleo de Pesquisa de Histórias em Quadrinhos (NPHQ), da Universidade de São Paulo (USP).

 

Em um trecho de Legends, Vergueiro relata um caso conhecido de uma interpretação, na maioria das vezes errônea, sobre a influência dos personagens sobre os fãs.

“Aquele que lê uma história em quadrinhos e se sente motivado a tal ponto a reproduzir as atitudes do personagem, perdendo essa noção de realidade, ele tem algum outro tipo de problema que não foi a história em quadrinhos ou filme ou jogo que causou. Eles são apenas o catalisador, o problema já existia antes. Isso foi muito utilizado contra as HQs, dizendo que determinado personagem vai levar o leitor a ter determinada reação. Só se o leitor já tivesse uma predestinação para isso. O Doutor Frederic Wertham, no livro ‘Sedução dos Inocentes’ falava que analisou casos de jovens com comportamento problemático, e de um jovem que havia se suicidado se atirando de uma janela e ele encontrou uma revista do Superman e a conclusão que o Doutor Wertham chegou na época é que o jovem se atirou porque leu a revista do Super-Homem. Essa revista era lida por um milhão e setecentos mil, a tiragem dela era essa na época. Provavelmente muito mais gente que isso lia, considerando que uma revista é lida por pelo menos três pessoas. Tem um monte de gente que leu e não se atirou. O problema é com aqueles que leram e não se atiraram ou com esse que se atirou? Não existe essa relação, pelo contrário, talvez muitos daqueles que leram e não se atiraram deixaram de se atirar porque leram".

No dia 09 de novembro de 2007, um garotinho vestido de Homem-Aranha salvou um bebê e trouxe à tona, mais uma vez, a discussão sobre a a relação fã - personagem.

 

A discussão gerou a belíssima crítica do post abaixo do jornalista Paulo Ramos, do Blog do Quadrinhos.

 

Leia e Reflita!

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