Nunca um omelete, café, bacon, torradas e suco de laranja matinais desceram com tanta dificuldade pela minha garganta como hoje, simplesmente não é um dia como outro qualquer algo esta diferente e não sinto a mínima impressão de que sera um bom dia, acendo meu cigarro e pego minha pasta pra ir até a redação, por incrível que pareça, esta manhã chegaria na hora.
O trânsito rotineiro da Rua do Ouvidor em nada ajudaria a ajudar em minha falta de ânimo, hoje eu tomaria uma decisão bem difícil pra mim, uma decisão de grande impacto em minha vida, mesmo assim acertada.
Ao chegar próximo ao estacionamento da redação fui surpreendido por uma tosse fora do comum que eu nunca havia sofrido antes, conforme a tosse me atacava de forma mais forte peguei o lenço que carrego sempre comigo em meu bolso do paletó, com ele sequei o suor de minha testa por causa do tempo seco da baixada, e levei-o a boca quando a tosse cessou para minha terrível surpresa ... o lenço azul claro tinjiu-se de sangue.
Apesar de surpreso me veio o pensamento:“Que diabos Resende como é que você quer fumar esses malditos chesterfields por 15 anos e não comprometer seus pulmões?”, fumo desde os meus 20 anos de idade e nunca teria pensado em parar, e agora vejo que uma surpresa(para não dizer susto) com uma tosse sangrenta seria um tanto ingênuo da minha parte, dei um forte suspiro para recuperar o ar roubado pela tosse forte enquanto guardava o lenço de volta no paletó, estacionei meu carro em uma vaga de funcionários e me dirigi para a recepção da redação do “Correio da manhã” um grande hall de entrada com diversos figurões do jornalismo nos balcões de informações do lugar, cumprimentei meus colegas de trabalho com um entusiasmo que não sei de onde tirei, um deles é amigo meu de longa data com uma sala ao lado da minha fui mais caloroso com ele ao desejar-lhe um bom dia, seu nome era Euclides e não sei como um lugar como esse, esse poço podre do jornalismo não acabou com a índole desse rapaz, eu o admiro muito, ele se levanta e apertamos as mãos e ele me diz “Resende veio uma senhora procurar por você aqui ontem” eu perguntei quem era e ele me respondeu:
- “Não sei, ela não disse o nome disse que precisava falar com você com urgência rapaz” - ele me descreveu a aparência dela e eu logo entendi o motivo da procura e quem era essa senhora, na verdade eu sabia que ela viria me procurar mais cedo ou mais tarde(embora eu não quisesse ter de me submeter a tal situação), pedi a Euclides que se ela viesse novamente que ele lhe passasse o número de telefone da minha casa para contato.
Agradeci o favor sai de sua sala e entrei em minha própria sala e coloquei minha pasta em cima de minha mesa e me dirigi à sala do meu chefe e perguntei a sua secretária se ele estava ocupado pois precisava falar com ele ela era uma moça bonita cabelos castanhos e olhos verdes o chamou pelo telefone da sua mesa à principio um pouco receosa mas, ele permitira que eu entrasse em sua sala ele estava lá careca de cabelos bem brancos e óculos de grau muito forte escrevendo algo e ao mesmo tempos lendo o jornal rival “A marreta”, ele me pediu que sentasse coisa que eu fiz sem pestanejar, me deu bom dia e eu disse:
- “Eu soube do que aconteceu com o senhor no domingo.”, e ele olhou pra mim e fitou-me durante um tempo e coçando a cabeça branca disse “É mulher maluca não é, se ela não atirasse tão mal talvez eu estaria morto, não é mesmo?” mal sabia ele que o culpado por essa situação estava bem à sua frente, “Pois é eu também soube da moça, puxa que horror”, eu me calei depois de uma breve risada sem graça e retomei :
- “Mas não é sobre isso que vim falar”, e ele colocando um charuto na boca e acendendo-o me disse “Desembucha rapaz!” eu peguei novamente o lenço no paletó e enxuguei minha testa suada e disse com um peso que jamais pensei que sentiria “Pretendo hoje mesmo assinar minha carta de demissão, senhor!!!” ele parou de tragar o charuto e me olhou com uma das sobrancelhas levantadas e a boca semi-abertas com uma expressão incrédula e perplexa.
O trânsito rotineiro da Rua do Ouvidor em nada ajudaria a ajudar em minha falta de ânimo, hoje eu tomaria uma decisão bem difícil pra mim, uma decisão de grande impacto em minha vida, mesmo assim acertada.
Ao chegar próximo ao estacionamento da redação fui surpreendido por uma tosse fora do comum que eu nunca havia sofrido antes, conforme a tosse me atacava de forma mais forte peguei o lenço que carrego sempre comigo em meu bolso do paletó, com ele sequei o suor de minha testa por causa do tempo seco da baixada, e levei-o a boca quando a tosse cessou para minha terrível surpresa ... o lenço azul claro tinjiu-se de sangue.
Apesar de surpreso me veio o pensamento:“Que diabos Resende como é que você quer fumar esses malditos chesterfields por 15 anos e não comprometer seus pulmões?”, fumo desde os meus 20 anos de idade e nunca teria pensado em parar, e agora vejo que uma surpresa(para não dizer susto) com uma tosse sangrenta seria um tanto ingênuo da minha parte, dei um forte suspiro para recuperar o ar roubado pela tosse forte enquanto guardava o lenço de volta no paletó, estacionei meu carro em uma vaga de funcionários e me dirigi para a recepção da redação do “Correio da manhã” um grande hall de entrada com diversos figurões do jornalismo nos balcões de informações do lugar, cumprimentei meus colegas de trabalho com um entusiasmo que não sei de onde tirei, um deles é amigo meu de longa data com uma sala ao lado da minha fui mais caloroso com ele ao desejar-lhe um bom dia, seu nome era Euclides e não sei como um lugar como esse, esse poço podre do jornalismo não acabou com a índole desse rapaz, eu o admiro muito, ele se levanta e apertamos as mãos e ele me diz “Resende veio uma senhora procurar por você aqui ontem” eu perguntei quem era e ele me respondeu:
- “Não sei, ela não disse o nome disse que precisava falar com você com urgência rapaz” - ele me descreveu a aparência dela e eu logo entendi o motivo da procura e quem era essa senhora, na verdade eu sabia que ela viria me procurar mais cedo ou mais tarde(embora eu não quisesse ter de me submeter a tal situação), pedi a Euclides que se ela viesse novamente que ele lhe passasse o número de telefone da minha casa para contato.
Agradeci o favor sai de sua sala e entrei em minha própria sala e coloquei minha pasta em cima de minha mesa e me dirigi à sala do meu chefe e perguntei a sua secretária se ele estava ocupado pois precisava falar com ele ela era uma moça bonita cabelos castanhos e olhos verdes o chamou pelo telefone da sua mesa à principio um pouco receosa mas, ele permitira que eu entrasse em sua sala ele estava lá careca de cabelos bem brancos e óculos de grau muito forte escrevendo algo e ao mesmo tempos lendo o jornal rival “A marreta”, ele me pediu que sentasse coisa que eu fiz sem pestanejar, me deu bom dia e eu disse:
- “Eu soube do que aconteceu com o senhor no domingo.”, e ele olhou pra mim e fitou-me durante um tempo e coçando a cabeça branca disse “É mulher maluca não é, se ela não atirasse tão mal talvez eu estaria morto, não é mesmo?” mal sabia ele que o culpado por essa situação estava bem à sua frente, “Pois é eu também soube da moça, puxa que horror”, eu me calei depois de uma breve risada sem graça e retomei :
- “Mas não é sobre isso que vim falar”, e ele colocando um charuto na boca e acendendo-o me disse “Desembucha rapaz!” eu peguei novamente o lenço no paletó e enxuguei minha testa suada e disse com um peso que jamais pensei que sentiria “Pretendo hoje mesmo assinar minha carta de demissão, senhor!!!” ele parou de tragar o charuto e me olhou com uma das sobrancelhas levantadas e a boca semi-abertas com uma expressão incrédula e perplexa.
Eu precisava fazer isso!!!
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