Pasmem congressistas. Jovens também leêm jornais aos domingos sob um dia ensolarado.E não leem somente para saber o que a Flora aprontará na segunda.
(Depois me contem se um dia a Donatella sairá da cadeia, to por fora e minha mãe não é de contar resumao de novela)
Voltando ao planeta Terra, achei um texto muito legal proximo a umas discussoes sobre fusões empresariais bilionárias(cansa não hein?) que relembra muito a discussão feita em sala de aula lá da facul, com argumentos clichês dos votos comprados pelos coronéis que prometem de tudo, dentaduras, remedio gratuito( só os basicos) e pseudo-reformas no sistema publico escolar.
"Recente pesquisa divulgada na semana que acaba revelou que grande parcela do eleitorado nacional é contra o voto obrigatório. Não se trata, ainda, de maioria, mas de simples tendência que está indicando a conveniência de uma discussão formal sobre o assunto.
Uma sociedade é livre na medida em que são mínimas as exigências obrigatórias: os códigos civil, penal, de trânsito e outros de igual necessidade são suficientes para manter direitos e deveres das comunidades e dos cidadãos.
O voto obrigatório é a causa principal que cria os currais eleitorais, os votos de cabresto. Por um motivo qualquer, o cidadão não tem interesse na vida pública, por falta de educação ou por excesso dela. Obrigado a votar, para não sofrer sanções que não chegam a ser punitivas mas apenas incômodas, cumprem o chamado dever cívico com má vontade, votando em qualquer um, ou em candidatos extravagantes que nem chegam a ser candidatos, como no caso do bode Cheiroso.
Grandes massas de eleitores, sobretudo nas cidades pequenas, são facilmente manobradas por coronéis e donos de redutos que formam os grotões – tradicional fonte de votos para políticos fisiológicos que tentam a vida pública para a realização de uma carreira pessoal problemática.
Até mesmo no caso da eleição para presidente da República, quando o eleitorado recebe maiores esclarecimentos e está em jogo uma esperança, os indecisos e nauseados são cada vez em maior número, criando a realidade da “boca-de-urna”, o voto de última hora, apenas para cumprir o dispositivo do voto obrigatório.
Nem vale a pena citar os países de tradição democrática em que votar ou não votar é um direito do cidadão livre. Sob regimes ditatoriais, a presença dos eleitores nas urnas chega a 99%."
Carlos Heitor Cony escreveu neste domingo na Folha, algo que eu penso muitas vezes quando discute-se do voto: o direito de escolha é superior ao direito do voto, indiscutivelmente. Quem discorda partilha de uma opinião catequizadora das pessoas.As coisas não estão boas como estão, isso é lógico. Mas forçar uma pessoa que é flagelada economica, social e culturalmente a fazer algo que não é habituada, é inadimissivel.Os números numa eleição livre farão qualquer falso poderoso cair do troninho.
Se eu estiver errado acho que o atual "papito" do Vaticano ficaria bem de short apertado dançando o Créu, pois se o que nos é imposto tem de ser aceito, por quê não usar a lógica no sentido contrário?
Abraço a todos, boa tarde.
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