Fan-Jovem: Crítica ilustrada >>>>>> Bicicletas de Pequim

Crítica ilustrada >>>>>> Bicicletas de Pequim

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Estava eu nos meus momentos de distração quando meu pai disse que o filme "Bicicletas de Pequim" (Beijing Bicycle) seria exibido na tv cultura.

Pensei eu: Caramba, uma surpresa e tanto, achei que ia demorar um tempão para mostrarem esse filme na tevê aberta.

Esperei um documentário sobre história do samba terminar para ver o tal filme chinês que estava muito discutido no canal 2(nada contra, mas sei lá, não assisti do começo o negócio do samba, achei melhor não assistir só o finalzinho, mesmo porque eu não estava entendendo nada)


O filme começou umas dez e meia da noite, bem estilo urbano no começo, e algumas falas de jovens procurando emprego numa empresa de entregas rápidas chamada Fei Da Express( se eu estiver errado me corrijam por favor) que faz entregas de bicicleta.
Neste momento fica bem claro o objeto valor do filme logo no título: a bicicleta.

É neste foco que a história inicia,com um menino pobre chamado Guei

Guei vem do interior para Pequim e encontra oportunidade de trabalho na Fei Da Express.Nessa empresa, cada entrega que os jovens fizerem eles descontam parte do salário para ganharem a bicicleta para eles.



Para os chineses ou ao menos como se foca no filme, aos chineses de baixa renda, esse veículo é semelhante a ganhar um cargo de importância, uma forma de se integrar na sociedade, e até as cenção, pois além de moda(não estou falando em absoluto, mas é o que mais se observa rodando na China) ela às vezes é o único meio de vida de um indivíduo.

O garoto vem se mostrando muito talentoso no emprego, a ponto de conseguir rapidamente a magrela, pobrezinho... a empresa enrola ele por mais um dia. Coisa de burocrata.

Ele se encanta com a imponência da cidade grande, com seus prédios altos e uma moça rica que sempre está de cara fechada, e às vezes desce até o vilarejo(forma delicada de dizer FAVEÃO mesmo) para comprar alguns mantimentos, sempre sem dar atenção às pessoas. Guei fica babando por ela, coisa de adolescente.
Ele não desanima com a situação e continua se aplicando no trabalho e cuida da bike prateada como se fosse um filho.

Na última entrega ele se prejudica muito com a recepção de um prédio comercial, um bobo mal entendido, mas que esfrega na cara a hipocrisia hierárquica das pessoas.

É quase clichê pobre se lascar em filme de drama, mas é a vida.

Quer ver como piora?Nem termina a parte um do filme e o bichinho mirrado do Guei fica na sarjeta chorando, roubaram a bike dele, mancada dupla.

Ele fica desesperado porque ele perde a chance dele de obter a bicicleta, manter o emprego , e se sentir parte da sociedade como se pode ver em algumas partes do filme, o destaque que dá ver alguém andando, no meio de uma maré de bikes.É perturbador ver essa cena, imagine estar numa situação dessas. Eu ein...(não que eu seja uma dondoca que faz as unhas toda a semana, embora eu devesse...rs mas assusta a gente ver que sempre tem gente com situação pior que a nossa)

Como o universo chines flui em duas rodas e o Guei não está fluindo, ele se sente um morto vivo, procurando a bicicleta e tentando roubar outra para reaver seu lugar .

O filme foca agora num estudante pobre do subúrbio. Para não estragar muito o filme , mas já estragando, ele age de maneira hipócrita para poder conquistar uma garota rica(não a que faz o Guei babar, uma bonita de verdade), mentindo para ela e para a família dele.

Discordo da crítica de Tiago Mota, sobre o filme se escorar na auto reflexão e fugir do drama do trabalhador, considerei o filme, algo realmente necessário de se expor, pois as pessoas têm vontades diferentes centradas na bicicleta e por mais que o filme tenha se dividido no drama de cada um isso reforça que a sociedade chinesa não é homogênea graças a Rao.(pesquisem Rao na internet, estou com preguiça de explicar agora,rs)


E concordo com a crítica do Cléber Eduardo sobre a dualidade de dramas(instrumento de trabalho-afirmação social) e até fico feliz com os detalhes de contraste que ele encontrou do tipo moderno ocidental encontra tradicional oriental.

Enfim, não vou alongar das críticas que li para não acharem que eu estou puchando sardinha para o lado de ninguém.

Como drama é DRAMA, é um sofrimento tocante do começo ao fim. A busca pela bicicleta, o drama dos dois jovens que tem um sonho a almejar, porém é tudo exposto de uma maneira suave, não que seja delicada, mas passa uma sensação de tranquilidade mesmo nas cenas de impacto. Por mais que eu não seja de assistir curtas metragens, fiquei preso à tela praticamente a maior parte do tempo.



Confesso! O orkut e o MSN realmente estragam a concentração de um ser humano,rsrsrs

Para quem quer ver outras críticas do filme , estão ae mais algumas.



Trailer e clip "sinopse"




Um comentário:

Anônimo disse...

"não que eu seja uma dondoca que faz as unhas toda a semana, embora eu devesse"

HSAUHSUASHSUHSAUHSAUHSAUASHUASHAUSHAUS

morri :'D

heuehsuahesuhuaeshuas


ah, fiquei curiosa agora =3

adoro curtas, embora a muito tempo não os assisto =/

"É quase clichê pobre se lascar em filme de drama, mas é a vida."

só em filmes de drama? (cof cof)

haha

gostei, becha (:

bjo ;*