Aspas para "amigos"

Amigos...! Aonde vocês foram?
Há pouco falávamos do que amamos e partilhávamos nossos sonhos. Eu guardo em minha memória todo o brilho de que vocês, com seus sorrisos, enchiam minha vida.
Mas agora... Onde estão?
Ainda ontem eu encontrei um de nosso círculo. Não me tratou como antes. Sem olhar-me nos olhos, lançou-me chistes maldosos, diante de todos, como flechas inflamadas, ardendo em ingratidão. Ele estava mentindo para si, quer provar que "não me ama". Mas ao invés de pôr-se sob a luz, quer esconder-me nas sombras. Quer "provar" algo aos outros, e o faz às custas de ferir meu amargado coração... inescrupulosamente.
Por isso procurei por ela, minha fiel confidente. Encontrei-a armada, como nunca imaginara.
Confiei nela e ela me conheceu. Agora que vê que não sou perfeito, tomou gosto por despejar-me nos ombros o fardo de meus deslizes.
Mas ela é boa nisso. Mais que deslizes, parecem, quando ela fala, imensos tombos, quedas gigantescas.
Teve de mim o bem que quis, negou-me a lealdade, que ofereci. Para não sair mais rasgado por suas acusações afiadas, pintadas coloridas de boa-intenção, deixei-a.
Agora procuro vocês, bons amigos.
E aí estão! Como senti sua falta! Não imaginam como o simples pensar em vocês me alegra o coração!
Mas que fazem aqui, em oculto? Falam de mim...?
Queridos... Têm tanto assim para de mim requerer?
Mas sabem que bastava dizer-me...! Não é assim que faço a vocês, com escancarado coração?
Céus... Suas costas estão limpas, eu cuidei bem delas, por profundo amor lhes tenho.
Mas que surpresa...! Encontrei-os quando busquei encontrar de onde vinham os golpes que violentamente me atingiam as costas enquanto procurava meus amados...