Fan-Jovem: A morte de um choro

A morte de um choro

sábado, 19 de dezembro de 2009


Um choro morreu há 30 anos. Lágrimas de um homem indignado com o um Brasil corrupto e ferido socialmente foram esquecidas num caixão no Rio de Janeiro. O enterro muito modesto contou com a presença de amigos e familiares que viram participar em suas vidas um homem louco, intenso, mas, sobretudo preocupado com seu trabalho. “Glauber era um homem sem claquete” comenta o jornalista Arnaldo Jabor. A carreira do homem que se considerava o cinema novo foi muito conturbada, uma “maluquice orgânica” como comenta o escritor Paulo Gil Soares.

“O Gláuber chorava o país que não deu certo, o Gláuber chorava a brutalidade, o Gláuber chorava a estupidez, a mediocridade, a tortura!”
Da
rcy Ribeiro.





O criad
or de "Deus e o diabo na terra do Sol" viveu de maneira muito conturbada, parte pelo seu estilo louco de ser, parte pela indignação com o sistema capitalista que tragou alguns colegas para a pornôchanchada. Darcy Ribeiro disse que certa vez Gláuber o abraçou e chorou, mas não era um choro qualquer. “Eu custei a entender, ninguém entendia. Era um grito, um lamento, um berro. Ele foi o mais indignado de todos nós”, finaliza.

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