Da esquerda para direita: José Mojica Marins1 / Júlio Bressane2
Créditos das Fotos: Sergio Batisteli1 / Mônica Campos2
O terror que o tempo não apaga
Depois de 40 anos, o mestre do terror Zé do Caixão, finalmente encerra a trilogia: À Meia-Noite Levarei Sua Alma (1964), Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver (1967), com o filme Encarnação do Demônio (2008).
Esse tempo todo para ser produzido o último episódio da trilogia, deve-se principalmente à censura imposta pela ditadura militar no Brasil. O lado bom dessa história, é que além de não vivermos mais em um regime governamental opressor, hoje existe uma tecnologia que permite o uso de efeitos especiais de primeira linha. O que é um importantíssimo aliado dos filmes de terror. André Kapel é o responsável em mostrar aranhas, ratos, baratas e três mil e oitocentos litros de sangue falso de uma maneira assustadora e moderna.
Com um orçamento de R$1,8 milhão para a produção de Encarnação do Demônio, o diretor José Mojica Marins manteve as principais características dos seus filmes, como o humor negro, rituais sádicos e ingenuidade.
O coveiro Zé do Caixão, desta vez monta o seu calabouço em São Paulo, onde possui várias mulheres de etnias diferentes, dispostas em gerar o filho perfeito.
O corcunda Bruno (Rui Rezende), o padre Eugênio (Milhen Cortaz), a feiticeira (Helena Ignez), o coronel Claudiomiro Pontes (saudoso Jece Valadão), fazem parte de um elenco que literalmente dá o sangue e escorre todo o seu talento pra cima do espectador.
A trilha sonora fica a cargo da dupla, André Abujamra e Marcio Nigro que criam genialmente os compassos musicais nos momentos certos do DVD.Divulgação
Encarnação do Demônio
Disponível em DVD (21/01/2009)
Gênero: Terror
Distribuição: Fox Filmes
Duração: 95 minutos
Idiomas: Português
Áudio: Dolby Digital 2.0 / 5.1
Legendas: Português, Inglês e Espanhol
Formato da Tela: Widescreen
Preço médio: R$119,90
Extras:
- Menu Interativo
- Seleção de Cenas
- Making-of
Cleópatra é brasileira
Câmera aberta expandindo os diálogos com os atores em planos abertos no decorrer do filme, o samba de Lupicínio Rodrigues e Noel Rosa ajudam a dar o tom de uma Cleópatra brasileira, criada pelo diretor Júlio Bressane.
Alessandra Negrini, na pele da personagem principal encarna uma rainha extremamente visceral, despudorada, lírica e culta. Ela tem um ar contemplativo e superior que sempre a mantém acima dos líderes romanos.
Ao assistir Cleópatra (2008), tem-se a sensação de presenciarmos uma peça de teatro, como é característico de Bressane em Cara a Cara (1967), Matou a Família e Foi ao Cinema (1969), São Jerônimo (1998). Também vemos surtos do comportamento humano e sangue na tela.
Walter carvalho, assume a impecável fotografia já comprovada em outras obras. Lavoura Arcaica (2001), Abril Despedaçado (2001), Amarelo Manga (2003).
O DVD traz uma linguagem poética e filosófica. Algumas cenas de sexo possivelmente criam polêmica. Loucuras, reflexões, viagens miológicas em plena praia do Rio de Janeiro, regadas a muito vinho são os elementos da Cleópatra de Júlio Bressane.Divulgação
Cleópatra
Disponível em DVD (21/01/2009)
Gênero: Drama
Distribuição: Flash Home Vídeo
Duração: 116 minutos
Idiomas: Português
Áudio: Dolby Digital 2.0 / 5.1
Legendas: Português e Inglês
Formato da Tela: Widescreen
Preço médio: R$29,90
Extras:
- Menu Interativo
- Seleção de Cenas
Reproduzido do blog do autor http://sergiohpg.blig.ig.com.br
Dois ótimos lançamentos em DVD trazem dois veteranos do cinema brasileiro
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Postado por
Sergio Batisteli
às
12:39
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Marcadores: Crítica Ilustrada
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