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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Uma pena que esse filme é tão utópico.




Sabe aquele tipo de filme que além de fazer você chorar, você fica a semana toda pensando na vida?

Amor além da vida (May the dreams come true - 1998), filme estrelado por Robin Williams conta a história do casal Chris Nielsen e Annie. Um pediatra e uma artista plástica que se encontram numa paisagem tirada acho eu da cabeça do Platão, um camarada que dizia que o que é perfeito, não é deste mundo.


Só que quem assiste fica se perguntando se o filme vai ficar por isso mesmo, se vai continuar na melação, porque é legal você ver o casal se dando bem, mas enjoa o filme se mantendo nisso.


Casal se encontra ,se apaixona, casa, tem filhos, todo mundo alegre, o american way of life estampado na testa, mas ae o diretor quebra as pernas de quem assiste(ainda bem), logo nos primeiros quinze minutos do filme.


Não vou falar de muitos detalhes, vou resumir , que o filme ensina muito a como lidar com perdas.



Ah, mas não como eu seguir o texto sem dizer sobre essas perdas.



Ocorre um acidente de carro que leva a morte dos filhos de Chris. A dor é tamanha, que o casal cai numa forte depressão.


O bom doutor tenta manter sua fibra, mas como lidar com o fim de tudo de bom que você conquistou?


Realmente é complicado.


A força de Chris tenta manter Annie bem, por um tempo, mas o destino prega uma safada peça neles.


Falando em destino, isso é algo que sempre Chris e Annie diziam um para o outro, que não importa o que aconteça, neste ou no outro mundo, eles sempre se encontrariam.

Voltando aos duros fatos, a morte entra em cena de novo.

E é a partir deste momento, que a real demonstração de que o amor transcende aparece.

Aos que não tem fé nesse sentimento, nem para crer que ele existe mesmo não o tendo, leiam outro texto ou vão ler um livro.





Chris morre mas nem por isso deixa de estar próximo a sua amada.Chris entra num mundo similar a pintura favorita do casal.


Ele tenta manter contato com Annie que está muito abalada pelas perdas, mas ela não agüenta.


O incrível é como o Chris insiste em perder tudo o que é belo no plano que se encontra para descer ao próprio Hades para resgatar a esposa - correndo o risco de ficar preso no inferno.

Realmente está para nascer um cara assim, e um filme assim também


A fotografia do filme, os efeitos, suaves, singelos, tocantes.

Recomendável assistir com quem você gosta ao lado.


Até o próximo post.







Um comentário:

Anônimo disse...

Bem, este filme é lindo. Mas, eu não acho lindo porque é filme de amor, de luta pela vida, de temas esotérios...
Eu gosto do filme porque sou espírita.
O Brasil é hoje a maior nação espírita do planeta, embora o Espiritismo tenha nascido na França no século 19. O Brasil foi a nação que mais absorveu os conceitos de imortalidade da alma, reencarnação, lei de causa e efeito, prática de caridade como filosofia de vida... Bem a cara do brasileiro utópico. Ou, talvez, um pouco mais Gabriel Garcia Marquez, o realismo fantástico que tanto fascina a alma do sul americano.
Mas, longe disso... Apesar de sermos em mais de 10 milhões no país, muito pouco temos no cinema filmes com temática espírita.
Este AMOR ALÉM DA VIDA é uma bela e rara exceção.
Ele norteia os conceitos espíritas com precisão rara e até imprescionante. Nós esppíritas quando vemos o filme, pensamos: será que os roteiristas leram os livros do Allan Kardec e do Chico Xavier?
Eu particularmente acho o filme um pouco meloso, até um pouco insuportável pela atuação over do Robin Willians, o que segura mesmo é o roteiro muito bem delineado. Aquelas cenas estranhas e SURREAIS, do mundo espiritual nos parece tão superficiais, não é? Talvez, na época que o surrealismo tivesse em voga em meados do século 20, seria muito chique ver aquilo... Mas, nos dias de hoje...
Bem, o filme é recomendável... Mas, pra quem ver e gostar, não saia imaginando ou elocubrando sobre a espiritualidade, vida após a morte e reencarnação... Leia Kardec. Ah, detalhe, cuidado com os pseudos-espíritas-gasparettos da vida. Isso nada a ver.